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terça-feira, 16 de março de 2010

Casamento, um projeto de vida?


Casar: unir os pares, combinar, harmonizar.

Por Maria Elizabeth Jereissati Ary


A sociedade patriarcal criou uma expectativa, que levou a mulher, durante muito tempo, a idealizar a relação matrimonial, como sendo o principal objetivo da vida.

Dependendo da cultura, à qual pertença esta ideologia, poderá ser mais ou menos atuante no psiquismo feminino.

Neste sentido quantas (e quantas!) mulheres se casam, identificadas com sua própria mãe, querendo ser mãe como ela, reproduzindo um ciclo de vida, que já vinha se reproduzindo, onde ela nunca se encontra com sua individualidade. Permanece ligada à figura da mãe, no papel de mãe, sem existir como indivíduo, como ser autônomo. Neste papel, ela tende a planejar e controlar tudo em seus domínios - o lar. Ela fornece soluções e se encarrega dos cuidados da família, dos filhos, da casa e do jardim ....

Uma pergunta: Será que isso basta para satisfazer as necessidades psíquicas de uma mulher enquanto ser humano ?

Neste ciclo reprodutivo, se a mulher for intuitiva, perceptiva, sensível, ela poderá escolher um marido, que se encaixe em suas expectativas, e se "case" com seu plano, no qual, o casamento é um objetivo de vida. Objetivo de vida, no qual está incluído seu desejo de amar e ser amada, onde entram suas fantasias românticas, sensuais ..... nem sempre satisfeitas.

E quando o homem escolhido para companheiro, não corresponder favoravelmente a este modelo, ela vai tentar modificá-lo. Vai tentar mudar "o outro", para não ocupar-se de si e depositar no "outro" a possibilidade de mudança que deveria ser dela.

Quando o casamento se torna um "projeto de vida", ele passa a ser investido de uma grande quantidade de energia, não deixando em aberto outras possibilidades, tornando a vida da mulher restrita a papéis rígidos e pouco satisfatórios à sua condição de ser humano livre e criativo.

Mesmo quando bem sucedido, ele (o casamento) poderá se mostrar para a mulher como uma fonte de insatisfação.

É quando surgem as queixas, reclamações, de filhos, do marido, de ter perdido (ou não querer perder) sua juventude nesta relação ....

Isto porque, o casamento ficou sendo o depositário de todas as expectativas, e da responsabilidade de suprir e gratificar a mulher em sua totalidade.

E isto não existe. Se é, de suma importância, a capacidade feminina de gerar um filho, de ser esposa, dona de casa e amante, paralelamente, existem outras áreas de seu psiquismo, potencialidades que devem ser buscadas e desenvolvidas. Ela pode viabilizar sua possibilidade de "ser", enquanto pessoa autônoma (não individualista), sem que para isso negue sua natureza feminina.

Abrir o leque de experiências de sua vida, através de um auto conhecimento, de um contato mais próximo com sua natureza interior, é o grande caminho para que ela possa unir seus pares, casando-se inicialmente consigo mesma, para a partir de então poder casar-se com a vida, harmonizando seu mundo externo e interno !

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